Apesar de melhora do mercado de trabalho paraibano nos últimos três anos, informalidade segue alta

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A taxa de desocupação, na Paraíba, passou de 12,4% em 2022, para 9,6% em 2023. Essa é a terceira queda consecutiva desse indicador, após ter atingido seu valor mais elevado em 2020 (17,8%), ano de início da pandemia de COVID-19. Além disso, com o valor registrado em 2023, a taxa retorna ao mesmo patamar de 2015, segundo menor valor observado na série histórica iniciada em 2014. As informações são da Síntese de Indicadores Sociais 2024, divulgada na quarta-feira (04), pelo IBGE.

O estudo mostra ainda que, em 2023, a taxa de desocupação paraibana ficou acima da média nacional (7,8%), porém abaixo da regional (11%). Em comparação às outras unidades da federação, a Paraíba apresentou a 10ª maior taxa de desocupação anual do país. Pernambuco (13,4%), Bahia (13,2%) e Sergipe (11,4%) foram os estados que apresentaram os maiores níveis para esse indicador.

Em 2023, havia 163 mil pessoas desocupadas na Paraíba, o que aponta para uma redução absoluta de 43 mil pessoas, frente ao total observado em 2022, que era de 206 mil. Em movimento oposto, o total de pessoas ocupadas teve alta de 6,6% (96 mil), passando de 1,447 milhão, em 2022, para 1,543 milhão, em 2023.

O crescimento no número de pessoas ocupadas contribuiu para que o nível de ocupação estadual também apresentasse recuperação, nos últimos três anos, passando de 40,3%, em 2020, para 41,5%, em 2021, e 45,1%, em 2022, alcançando o patamar de 47,6%, em 2023. Apesar desses três aumentos consecutivos, o nível de ocupação no estado, em 2023, ainda estava abaixo dos patamares anteriores a 2018 (49%), o ápice da série (53%) tendo sido registrado em 2014. Além disso, o indicador estadual de 2023 era o sétimo pior do país, sendo inferior aos verificados tanto para o Brasil (57,6%) como para o Nordeste (48,5%). Ressalta-se que esse índice é calculado com base no número de pessoas ocupadas em relação ao total daquelas que estão em idade de trabalhar, ou seja, têm 14 anos ou mais.

Por fim, a taxa de informalidade paraibana em 2023 foi de 49,8% do total de pessoas ocupadas. Esse resultado representa uma pequena melhora ante os anos de 2021 (51%) e 2022 (50,5%). Porém, a taxa estadual foi bem superior à média brasileira (39,2%), embora inferior à regional (52,1%), sendo a 9ª maior do país. Os estados do Maranhão (56,5%), Pará (56,5%) e Piauí (54,4%) lideram nesse indicador.

O IBGE mensura também a condição dos jovens de 15 a 29 anos que estudam e/ou trabalham. Em 2023, aqueles que trabalhavam e estudavam representavam 8,5% (76 mil) do total de jovens desse grupo de idade (889 mil). Já aqueles que só trabalhavam somavam 35,2% (313 mil), enquanto os que só estudavam representavam 27,5% (244 mil). Por fim, aqueles que não estudavam nem estavam trabalhando representavam 28,7% (255 mil) do total.

O percentual paraibano de jovens de 15 a 29 anos que, em 2023, não estudavam nem estavam ocupados caiu 1,2 ponto percentual em relação a 2022 (29,9%), sendo essa a terceira queda consecutiva do indicador estadual. Em 2020 e 2021, a taxa era de 35,7% e 35,1%, respectivamente. A taxa estadual de 2023 ficou bem acima da média brasileira (21,2%) e ligeiramente abaixo da média nordestina (29,4%).

A Síntese dos Indicadores Sociais 2024 mostrou que a Paraíba tem a terceira maior taxa de analfabetismo do país, só ficando atrás dos estados do Piauí (13,3%) e Alagoas (14,2%). Além disso, o indicador estadual ficou muito acima da média nacional (5,4%).

Já a Taxa Ajustada de Frequência Escolar Líquida – TAFEL dos estudantes de 6 a 14 anos de idade, que estavam frequentando o ensino fundamental, na Paraíba, registrou tendência de queda em 2023, frente aos anos anteriores. O indicador, que avalia se os alunos estão frequentando a etapa adequada à faixa-etária, caiu de 97,2% em 2018, para 93,6% em 2023.

Dois extratos apresentaram aumento da TAFEL, quando comparado ao ano anterior (2022): o grupo etário de 6 a 10 anos nos anos iniciais do ensino fundamental, cuja taxa aumentou ligeiramente de 89,3% para 89,4%; e o grupo daqueles que estão na idade de frequentar o ensino superior (18 a 24 anos), com aumento significativo de 19,4% em 2022, para 23,2% em 2023.

Já em relação aos estudantes do ensino médio, com idade entre 15 e 17 anos, embora em 2023 (68,3%) tenha havido uma queda de 0,1 p.p., em relação ao ano anterior (68,4%), constata-se um aumento significativo (7,8 pontos percentuais) em relação ao início da série histórica, em 2018 (60,5%).

WSCOM.com.br

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