Bolsonaro anuncia chegada de 35 milhões de litros de diesel russo ao Brasil

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O chefe do Executivo usou as redes sociais para informar a entrada do combustível no país, pelo Porto de Santos

O presidente e candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL), informou nesta terça-feira (4) que cerca de 35 milhões de litros de diesel importado da Rússia chegaram ao Porto de Santos, em São Paulo.

“Cerca de 35 milhões de litros de diesel importado da Rússia chegaram ao Porto de Santos. Outras operações de importação estão em progresso. Novas cargas são esperadas para outubro, aumentando a competição e pressionando para a queda dos preços do combustível”, afirmou Bolsonaro.

O conflito entre a Rússia e a Ucrânia, iniciado em fevereiro, provocou grande desequilíbrio no mercado internacional, principalmente no mercado de combustíveis. A tentativa de compra de diesel russo pelo Brasil se iniciou há meses, mais precisamente em julho.

Bolsonaro viajou para a Rússia em fevereiro deste ano, poucos dias antes da guerra. Na ocasião, se reuniu com o presidente Vladimir Putin no dia 16 daquele mês e defendeu a soberania dos países diante da invasão russa à Ucrânia, em 24 de fevereiro. Depois, em 27 de junho, Bolsonaro voltou a falar com Putin, desta vez por telefone. Os assuntos discutidos foram sobre fertilizantes e produtos agrícolas.

Apesar de o Brasil comprar diesel russo, como informou Bolsonaro, o país deverá alcançar marca histórica na venda de diesel no segundo semestre de 2022, de acordo com levantamento da Empresa de Pesquisa Energética (EPE). De acordo com a projeção, a venda do produto em 2022 será 0,8% do que no ano passado e deve atingir 62,6 bilhões de litros, ante 62,1 bilhões em 2021.

A reportagem procurou o Palácio do Planalto, a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e o Porto de Santos e aguarda retorno. O espaço está aberto para manifestação.

Para o ano que vem, a projeção é ainda maior e chega no valor de 63,5 bilhões de litros, o que representaria uma nova marca e aumento de 1,4% em relação este ano. Em nota, a Petrobras confirmou a tendência e afirmou que o mercado interno deve superar o resultado de consumo de óleo diesel do ano passado.

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