Campanha digital: políticos da Paraíba investem no TikTok

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Cientista político explica importância das redes para candidatos e eleitores nas Eleições 2022.

A menos de dois meses das Eleições 2022, candidatos ao governo da Paraíba investem nas redes sociais para alavancar a campanha eleitoral. Entre as estratégias, os políticos miram no engajamento com novos públicos, geralmente mais jovens e ativos nas mídias digitais.

Mas não são todos.  oito candidatos ao cargo de governador, quatro não estão na rede social mais baixada do mundo no início deste ano: o TikTok. Na ausência desses nomes na plataforma, Nilvan Ferreira (PL) acumula mais de 29 mil seguidores, total que é superior a soma dos seguidores de todos os outros candidatos que disputam o governo do estado.

Mais de 24 mil seguidores distanciam Nilvan do segundo candidato mais seguido no TikTok, Veneziano Vital, do Movimento Democrático Brasileiro (MDB), com 4.420.

Para o professor e cientista político Josué Medeiros, as redes sociais são ferramentas importantes para os candidatos nas Eleições 2022. Isso porque através delas é possível alcançar públicos diferenciados. Mas é preciso saber comunicar em cada plataforma.

O professor explica que a presença de candidatos no TikTok, por exemplo, tenta atrair eleitores mais jovens. Segundo ele, faz parte da estratégia de campanhas usar “uma linguagem mais leve e criativa” nessa rede social.

No Instagram, os números não são muito diferentes. O candidato do Partido Liberal também tem mais popularidade nesta rede social, onde acumula 435 mil seguidores. Assim como no TikTok, a quantidade de seguidores de Nilvan é maior que a soma dos usuários que acompanham João Azevêdo (PSB), Pedro Cunha Lima (PSDB), Veneziano Vital (MDB), Adjany Simplicio (PSOL), Adriano Trajano (PCO), Major Fábio (PRTB) e Antônio Nascimento (PSTU).

Apesar dos números expressivos, o cientista político afirma que a popularidade digital não reflete, necessariamente, a popularidade na vida real. De acordo com ele, “a conversão de seguidores em votos não é imediata“. E explicou: “Temos cases de sucesso e outros que fracassaram. Outros fatores importam, como campanha de rua, boas pautas, perfil do candidato, apoios”.

o professor e cientista político Josué Medeiros alertou que “o grande problema das redes sociais nas eleições é a falta de regulação” e, por esse motivo, é preciso estar atento. Segundo ele, a circulação de conteúdos que estimulam a desinformação e campanhas de ódio “são extremamente prejudiciais para a democracia”.

Desinformação pelas redes sociais

Tribunal Superior Eleitoral (TSE) tem reunido partidos políticos e representantes de aplicativos de rede social para minimizar impactos negativos de desinformação nas eleições brasileiras.

De acordo com a secretária de Comunicação e Multimídia, Giselly Siqueira, as primeiras medidas de enfrentamento das notícias falsas surgiram em 2017, com a criação do Comitê Consultivo sobre Internet e Eleições. Segundo a jornalista, o colegiado foi instituído a partir do acompanhamento das eleições norte-americanas, quando o Tribunal identificou que o fenômeno da desinformação poderia representar um problema para o pleito brasileiro.

As parcerias firmadas com as plataformas – que deram origem ao chatbot do Tribunal no WhatsApp e ao canal do TSE no Telegram, por exemplo –, o site Fato ou Boato e os materiais informativos produzidos especialmente para o público das redes sociais foram algumas das ações destacadas pela secretária. Ela reforçou o compromisso do TSE de disseminar informações checadas e precisas sobre o processo eleitoral do Brasil.

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