Infectologista destaca que aumento de internações por síndrome gripal em Pernambuco gera alerta na Paraíba

0
39

CHEGADA DA ÔMICRON

O infectologista e diretor do Hospital Clementino Fraga, referência para covid-19 na Paraíba, Fernando Chagas, comentou nesta sexta-feira (7), que o aumento de internações por Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag) causadas por covid-19 e gripe, em Pernambuco geram alerta na Paraíba. “Teve um aumento de internações em mais de 800%, em 24horas, chegando a 79% de ocupação dos leitos naquele estado”, apontou.

De acordo com Fernando Chagas, esses dados devem alertar a Paraíba que, com a chegada da ômicron e o surto de H3N2, também já vive um amento de internações por Srag tanto em instituições públicas quanto privadas.

O infectologista destacou, ainda, que é difícil diagnosticar apenas baseados no sintomas, pois são muito similares. “Porém a ômicron não vemos muito a perda do olfato e paladar, como acontecia com a Delta. Ela acomete mais a garganta e traz dor de cabeça, moleza, fraqueza, se confundindo com a gripe”, explicou.

As recomendações são, após contaminado, manter-se isolado e monitorar com oximetria. “Se o índice estiver abaixo de 94% é preocupante”, disse. Em casos mais graves, pode haver dor no peito e falta de ar, por isso a importância do monitoramento.

Alô Saúde

A Secretaria de Estado da Saúde (SES) disponibilizou desde essa quinta-feira (6), uma central de atendimento para tirar dúvidas sobre síndrome gripal, considerando os cenários de pandemia de covid-19 e epidemia de gripe. Trata-se do ‘Alô Saúde’, que vai funcionar de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h.

O interessado deve ligar para o número (83) 3211-9844 para ser atendido por médicos que tirarão todas as dúvidas e darão as orientações sobre as condutas necessárias ou qual serviço de saúde que deverá ser procurado, se for o caso. O serviço poderá ser acessado de qualquer localidade.

O objetivo da estratégia ‘Alô Saúde’ é tirar dúvidas relacionadas às doenças que apresentem sintomas gripais e evitar que a população se dirija aos serviços de referência em busca dessas orientações. Assim, os usuários poderão ter as informações necessárias em casa e a procura por atendimento médico presencial será indicada apenas para os casos de maior risco ou mais graves, evitando as longas filas de espera e aglomerações nos serviços de saúde.

Na Paraíba, do mês de dezembro até o momento, foram processadas 458 amostras para Influenza, das quais apenas 68 foram detectáveis. Dos casos confirmados, 59 são do subtipo H3N2, conforme detalha o Boletim Epidemiológico nº 01 de Influenza A – H3N2. Isso confirma que o número de casos de influenza ainda é pequeno em relação aos de gripe e resfriados comuns. Com o Alô Saúde, haverá um filtro em relação aos usuários que comparecem aos serviços de atendimento sem nenhuma orientação anterior. Nas unidades de saúde, o protocolo é realizar primeiro a testagem para covid-19 e, se descartada a suspeita, realizar a investigação para influenza

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui