Mais de 92 milhões de brasileiros acessam a internet apenas pelo celular, diz pesquisa

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Levantamento TIC Domicílios 2022 pontua que o uso exclusivo de dispositivos móveis para acesso à rede é maior entre mulheres, pretos, pardos e pessoas das classes D e E

Dos 149 milhões de usuários de internet no Brasil, mais de 92 milhões, cerca de 62%, acessam a internet apenas pelo celular, segundo a pesquisa TIC Domicílios 2022, lançada na terça-feira (16), pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br).

A utilização exclusiva de dispositivos móveis é maior entre mulheres (64%), pretos (63%) e pardos (67%). E ainda entre aqueles pertencentes às classes D e E, com 84%.

Outros 38% compartilham a conexão via computador. Já 55% usam os televisores.

Dentre todos os usuários, 142 milhões se conectam todos ou quase todos os dias. A maior incidência está nas classes A, com 93%, e B, com 91%. Nas classes C e D fica em 81% e 60%, respectivamente.

Entretanto, 36 milhões de pessoas não se conectam à rede. Aproximadamente 29 milhões moram em áreas urbanas e estudaram até o ensino fundamental. Desses, 21 milhões são pretos e pardos; 19 milhões estão nas classes D e E; e 18 milhões têm 60 anos ou mais.

Os principais motivos apontados entre os que nunca acessam a internet são: a falta de interesse (35%) e a falta de habilidade com o computador (26%).

A falta de interesse é de 90% entre a classe A. A falta de habilidade, por sua vez, aumenta entre a faixa etária de 35 a 44 anos.

A internet alcança 60 milhões de lares no país, correspondendo a 80% do total. Das residências, 82% têm estabilidade em áreas urbanas e 68% em áreas rurais. Na classe A, 100% das casas estão conectadas. Nas demais a divisão fica da seguinte forma: B (97%); C (87%); e D e E (60%).

Cabo e fibra óptica são os principais tipos de conexão, presentes em 38 milhões dos domicílios, principalmente, na região Sul, com 72%. Já na região Norte, a rede móvel de 3G ou 4G tem a maior proporção de acessos, com 27%.

Outros 16% compartilham a rede com o vizinho, sendo uma situação mais comum em residências rurais (27%), no Norte (21%) e no Nordeste (22%) e nas classes C (16%) e D e E (25%).

Para quem não tem internet em casa, o preço do serviço é apontado como o principal motivo, com 28%, seguido pela falta de habilidade (26%) e a falta de interesse (16%).

Realizada anualmente desde 2005, a TIC Domicílios mapeia o acesso às tecnologias da informação e comunicação nos domicílios urbanos e rurais do país e as suas formas de uso por pessoas com 10 anos de idade ou mais.

Em 2022, foram coletados dados entre junho e outubro, em 23.292 domicílios e de 20.688 indivíduos.

Cnnbrasil.com.br

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