A Câmara Municipal (CMBT) e a Prefeitura de Baía da Traição (PMBT), município do litoral norte da Paraíba, com aproximadamente nove mil habitantes e distante a 92 quilômetros da capital, João Pessoa, estão mobilizadas e elaborando um projeto técnico a ser encaminhado aos governos federal e estadual que prevê a recuperação de áreas da orla da cidade e a tentativa de barrar ou minimizar o avanço do mar no local.
Na sexta-feira (24), os vereadores e o prefeito Serginho Lima (União Brasil) realizaram mais uma vistoria à Praça José Barbosa (conhecida popularmente como Praça Central), seguida de uma reunião administrativa para tratar do problema. A Praça José Barbosa (na foto) é uma das áreas que vêm sendo “engolidas” pelo avanço do mar em Baía da Traição.
O avanço do mar em Baía da Traição tem ocorrido em toda a orla, mas os estragos mais graves estão na área urbana. Mais de 100 imóveis já foram destruídos ou estão sendo “engolidos” pelo mar e a situação vem se agravando.
Nos estudos preliminares, técnicos teriam adiantando que uma das saídas seria a colocação de gabiões na orla central da cidade. E os custos para esse projeto que vem sendo discutido e elaborado devem ficar em torno de R$ 1,5 milhão.
Um gabião ou cestão é um tipo de estrutura armada, flexível, drenante e de grande durabilidade e resistência. Os gabiões são produzidos com malha de fios de aço doce recozido e galvanizado, em dupla torção, amarradas nas extremidades e vértices por fios de diâmetro maior. São preenchidos com seixos ou pedras britadas. Ele funciona como “uma barreira” para amenizar o avanço das águas do mar.
“Pode ser que colocando os gabiões o mar recua. Mas isso só quem vai garantir, ou não, são os estudos técnicos que irão estar no projeto”, diz Ronaldo do Mel, que também responde pela vice-presidência da mesa diretora da Câmara Municipal de Baía da Traição.
Com cerca de 90% do seu território dentro de reservas indígenas dos potiguaras, o município de Baía da Traição integra a Região Metropolitana do Vale do Mamanguape.