Morreu na tarde desta quinta-feira (24), em São Paulo, aos 66 anos, o multicampeão de boxe Adilson Maguila, um dos principais pugilistas da história do esporte brasileiro, por complicações de encefalopatia traumática crônica (ETC), conhecida como demência pugilística.
A morte foi confirmada pela mulher de Maguila, Irani Pinheiro.
Maguila estava internado em um hospital em São Paulo há quase um mês após a descoberta de um nódulo no pulmão. Ele foi transferido à capital paulista da clínica em que morava em Itu, no interior do estado.
Ex-boxeador é conhecido como referência do esporte sul-americano e lutava contra doença degenerativa no cérebro, que recebe o nome de encefalopatia traumática crônica (ETC), causada pelos inúmeros golpes obtidos na cabeça durante a carreira como lutador.
Maguila se interessou pelo boxe ainda em Aracaju (SE), assistindo a lutas de Eder Jofre e Muhammad Ali. Quando veio para São Paulo, aos 14 anos, para trabalhar como ajudante de pedreiro, o esporte era uma realidade distante. Ao documentário Maguila, de Galileu Garcia, produzido em 1985 e lançado em 1987, o lutador contou que passou fome na capital paulista.
O ex-atleta realizou lutas marcantes com grandes pugilistas do esporte, como George Foreman e Evander Holyfield. Maguila acabou derrotado nas duas, dentre apenas sete lutas em que perdeu na carreira. Contra Foreman, em 1990, num dos encontros mais marcantes do boxe, acabou nocauteado no segundo assalto.
Com Holyfield, Miguel de Oliveira, pugilista e treinador de Maguila, deixou de treinar o brasileiro pouco antes da luta. Angelo Dundee, histórico técnico de boxe, passou a comandar os treinos do pugilista brasileiro e o mandou partir para cima do norte-americano durante a luta.
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