Novo sítio arqueológico de arte rupestre é encontrado na Paraíba com gravuras de 5 mil anos

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Gravuras encontradas são de povos coletores, caçadores e pescadores da pré-história.

Mais um sítio arqueológico de arte rupestre foi encontrado na Paraíba. A descoberta aconteceu no dia 5 de julho, no Sítio Tanques, localizado na zona rural de Frei Martinho, Seridó do estado. As gravuras encontradas são de povos coletores, caçadores e pescadores da pré-história e possuem aproximadamente 5 mil anos. Nas imagens, os pesquisadores usaram giz para realçar o local onde estão os achados arqueológicos.

O achado é resultado do trabalho da equipe do Laboratório de Arqueologia e Paleontologia (Labap) da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB). A próxima etapa é o registro junto ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), e o sítio será aberto para visitação turística.

O paleontólogo e arqueólogo Juvandi de Souza, que está à frente do Labap/UEPB, declarou que, para a arqueologia, o encontro desse novo sítio arqueológico mostra a intensa ocupação do que hoje é a Paraíba no passado. “Mais uma importante fonte de pesquisa sobre a pré-história do estado”, observou.

De acordo com pesquisador que lidera a equipe, a Paraíba é “um verdadeiro berço arqueológico”. “É algo notável. Uma quantidade gigantesca de ocorrências arqueológicas e também paleontológicas das quais, aos poucos, a população vai tomando conhecimento”, disse.

Ao avaliar os dados, o arqueólogo explicou que ainda é cedo para se falar sobre quais povos passaram por aqui e deixaram esses rastros históricos. Segundo ele, é preciso encontrar os aldeamentos, realizar escavações para ter uma ideia mais geral sobre esses grupos humanos.

Do Sítio Tanques, em Frei Martinho, a equipe realizou um salvamento paleontológico no município de Baraúna, Seridó oriental da Paraíba. O processo foi devidamente autorizado pela Agência Nacional de Mineração. E no final do mês, com pesquisadores da Universidade Federal do Ceará, serão retomadas as atividades de pesquisas em um cemitério indígena no município de Caraúbas.

“Pedimos à população que não deprede esses locais. Sítios arqueológicos contam a história do Brasil, aquela que ainda não consta nos livros de história. Em alguns deles, encontramos pichações”, acrescentou o arqueólogo e paleontólogo.

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