A Paraíba deve ter um Porto de Águas Profundas, em Mataraca, no Litoral Sul, o qual proporcionará um fluxo de mercadorias interligado a portos e a malha ferroviária. A informação foi dada pelo secretário de Estado da Infraestrutura e dos Recursos Hídricos, Deusdete Queiroga, em entrevista ao Arapuan Verdade, nesta sexta-feira (20). O programa foi transmitido diretamente do Centro de Convenções, onde aconteceu a reunião dos governadores que integram o Consórcio Nordeste.
Segundo o secretário, entre os pontos discutidos sobre as demandas da Paraíba para a carta que será enviada ao Governo Federal estão a terceira entrada do eixo do Rio São Francisco, a triplicação da BR-230 na região metropolitana de João Pessoa e a duplicação da BR-230 no trecho de Campina Grande.
Ainda de acordo com declaração de Deusdete Queiroga, conforme apurou o ClickPB, “o governador está se debruçando sobre o Porto de Águas Profundas, em Mataraca. Avaliar a viabilidade de colocar isso como uma pauta relevante, um tema importante. E aí essa questão do Porto de Águas Profundas enseja outras questões, por exemplo, a questão de reativação, requalificação da malha ferroviária. Se a gente tem a malha ferroviária interligando um porto em Mataraca até Recife, você está interligado com a Transnordestina, que está interligada com a ferrovia Norte-Sul. Então há perspectativa grande, inclusive, de exportação de grãos saindo pela Paraíba.”
O secretário pontuou, também, que “a gente sabe que os dois grandes portos, são três na verdade, mas o porto do Maranhão é muito voltado ao minério de ferro, e aí você tem Pecém [Ceará] e Suape [Pernambuco]. Todos eles crescendo de forma muito acentuada e já praticamente estrangulados porque o volume é muito grande. Então se a gente cria a possibilidade de um Porto de Águas Profundas vai, sem dúvida alguma, gerar muito desenvolvimento.”
Deusdete concluiu dizendo que o porto planejado terá “uma profundidade em torno de 20 metros, que vai possibilitar receber navios de grande calado. E hoje os navios cresceram muito. Quem sabe a possibilidade de se ter esse porto aqui, criar um entreposto de contêineres e, a partir daí, fazer cabotagem com pequenos navios pelos portos do Litoral e quem sabe também, via ferrovia, poder distribuir essa mercadoria.”