Prefeitura de João Pessoa investiga venda de terrenos ilegais de área de preservação ambiental nas imediações da praia do Sol

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Relatório da Secretaria de Planejamento do Município de João Pessoa revela indícios de que uma quadrilha, liderada por uma mulher, já teria destruído quase um terço da mata nativa naquela região

Um documento da Secretaria de Meio Ambiente da prefeitura de João Pessoa aponta que uma área de preservação ambiental, localizada nas imediações da Praia do Sol vem sendo destruída desde o ano passado, causando inúmeros danos à fauna e à flora naquela região.

 

Segundo os primeiros levantamentos, uma mulher de nome Cláudia Alves Bezerra, vem liderando uma quadrilha que já é responsável por desmatar, queimar e depredar cerca de um terço da área.

Cláudia, teria arregimentado uma verdadeira organização criminosa para, após o desmatamento, lotear e vender os terrenos de forma clandestina.

 

A farsa só foi descoberta, quando ela tentou cadastrar o imóvel na prefeitura de João Pessoa com um documento de compra e venda falsificado.

 

Relatório assinado por técnicos da secretaria de Planejamento e Gestão, com data do dia 22 de novembro de 2022, revelam que os documentos apresentados por Claudia Alves Bezerra, continham características não habituais para o trâmite, pois o zoneamento e o macrozoneamento em vigor classificam a região como uma área de preservação permanente.

 

Desconfiados, os funcionários da Secretaria de Planejamento, imediatamente comunicaram o fato à Secretaria de Meio Ambiente para providências urgentes devido às constantes reclamações de moradores das adjacências de danos ambientais recentes naquele setor.

Segundo os moradores, Cláudia teria negociado os lotes com uma organização criminosa composta de funcionários públicos, ex-presidiários até policiais em troca de ajuda e proteção.

 

Sob o comando de Claudia Bezerra, quem comprou um lote na área é orientado a entrar num grupo de whatsapp de onde Cláudia dá ordens e cria normas com níveis distintos de hierarquia, de modo que, quando há qualquer movimentação por parte de autoridades públicas, a liderança do movimento convoca os invasores para virem massivamente à área, acompanhados de suas esposas e filhos, para ocuparem os barracos de lona e fingirem utilizar a área para fins agrícolas.

 

Todavia, a área praticamente não é habitada, até porque não há infraestrutura para tanto. Os barracos foram feitos para sugerir a suposta existência de um assentamento de famílias na área, o que, de fato, não existe.

 

Fontes ouvidas pela reportagem revelaram que as investigações apontam para o envolvimento de funcionários em órgãos públicos e até de corretores ligados ao CREA-PB.

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