O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) respondeu a perguntas em entrevista coletiva no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), em Brasília, nesta sexta-feira (2). Questionado sobre mudanças no valor da chamada PEC da Transição, Lula afirmou que a proposta já foi alinhada com os presidentes da Câmara e do Senado, entre outras lideranças, e que “até agora não há sinal de que as pessoas querem mudar a PEC”.
“Se precisar ter um acordo, nós também sabemos negociar [com a Câmara e o Senado]. Não tem valor mínimo”, afirmou Lula.
Se um dia você tiver que negociar, nunca ceda a sua proposta principal antes do limite da negociação. Se eu já agora colocar o limite pra menos, é o de menos que vai valer, então se eu tiver que falar, eu falo pra mais”, concluiu.
Orçamento secreto
Uma negociação em andamento no Congresso pretende liberar as emendas de relator, conhecidas como orçamento secreto, dentro da PEC de Transição. Lula disse que não há espaço para essa discussão.
“É importante que ela não seja secreta, que a emenda esteja dentro da programação de necessidades do governo e que essa emenda seja liberada de acordo com os interesses do governo, não pode continuar da forma que está”, disse o presidente eleito, que afirmou estar “tranquilo” uma vez que a PEC não trataria de emendas mas “da necessidade básica do nosso país”.
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