Nesta quinta-feira (6), a Rússia respondeu às declarações do presidente francês, Emmanuel Macron, que indicou a possibilidade de ativar o arsenal nuclear da França para proteger seus aliados europeus de uma possível ameaça russa. Esse pronunciamento ocorre em meio à invasão da Ucrânia pelas forças de Vladimir Putin, que já dura mais de três anos.
Dmitry Peskov, porta-voz do Kremlin, declarou que as palavras de Macron soam como uma ameaça e sugeriu que a França está mais interessada em prolongar o conflito contra as tropas de Zelensky do que em buscar uma resolução pacífica.
“A declaração foi extremamente beligerante. É difícil vê-la como a fala de um líder com uma mentalidade voltada para a paz. Pelo que foi expresso, parece que Paris está focada principalmente na continuidade da guerra”, afirmou Peskov à agência russa Tass.
Em um discurso recente, Macron havia mencionado a intenção de “iniciar um debate estratégico sobre como proteger nossos aliados na Europa por meio da nossa dissuasão nuclear”. Essa declaração foi feita antes de uma cúpula da União Europeia que discutiria o rearmamento no continente.
Peskov continuou sua crítica: “Com todo respeito ao presidente francês, é possível afirmar que houve muitos equívocos em suas declarações, do ponto de vista diplomático”.
Ele observou ainda que a Rússia foi quase rotulada como inimiga da França, sem que se mencionasse o constante avanço da OTAN nas fronteiras russas. “O presidente Macron não abordou essas preocupações legítimas da Rússia e a necessidade de tomar medidas apropriadas”, completou.
Além disso, Macron sinalizou um aumento nos investimentos na defesa nacional, além do orçamento já aprovado anteriormente.
Redação TVPS
Michelle Meira