Se levar estaleiro em Suape, consórcio secreto quer ferrovia, Arco Metropolitano e refinaria Abreu e Lima

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Compra do estaleiro Atlântico Sul por consórcio internacional pode viabilizar novos investimentos em projetos estruturadores, como Arco Metropolitano e ferrovia

Sob a condição de reserva de fonte, um dos integrantes doconsórcio internacional, até aqui oculto, que planeja arrematar o Estaleiro Atlântico Sul, em Suape, planeja tirar do papel um projeto estruturante para o Estado de Pernambuco.

“Se adquirirmos o estaleiro, vai entrar na pauta o Arco Metropolitano, a ferrovia transnordestina e a refinaria Abreu e Lima (posta à venda pela Petrobras). São projetos que podem se integrar a partir das operações no Porto de Suape”, revela um dos parceiros do projeto.

Essa fonte explica que a primeira providência do grupo seria retomar a produção de navios no EAS, uma vez que entre os investidores há armadores, com companhia de petróleo. Armadores demandam novos navios.

O projeto para ampliar as operações do EAS contempla uma unidade, no mesmo local, para a produção de turbinas eólicas. A nova linha de produção ampliaria o escopo do estaleiro e a promessa prevê cerca de 12 mil empregos.

Na proposta apresentada à Justiça do Estado e a administração judicial do EAS, o Rio de Janeiro, consta ainda a criação de uma trading de commodities recém-formada com o objetivo de exportar produtos agrícolas.

É aqui que se encaixaria a construção do Arco Metropolitano e o interesse na conclusão da ferrovia Transnordestina. Com a compra de grãos na Bahia e em outras áreas do Brasil, haveria interesse em viabilizar esses projetos parados há séculos, por falta de investimentos públicos.

“Há demanda internacional forte por grãos e um terminal marítimo ali (EAS) integraria o porto tanto com o Arco Metropolitano como a ferrovia. O estaleiro é o coração do projeto. Temos capital para tanto. Se vencermos o leilão, ainda neste mês de julho vamos procurar as autoridades públicas estaduais ou federais parainvestir na infraestrutura do país”, afirmam os empreendedores.

Para demonstrar que a proposta era consistente, no mês passado, o consórcio internacional oculto fez uma visita à juíza do leilão judicial no Cabo, em uma reunião que teve a presença do administrador do fundo americano North Tabor Capital e altos executivos do Bank of América.

A proposta oficial de compra, enviada nesta segunda à juíza do Cabo e na terça ao administrador judicial do EAS, no Rio, consta o nome do Fundo de Investimentos Horizonte (do Brasil), administrado pelo JP Morgan Brasil, e gerido pelo JP Morgan Brasil DTVM, na bolsa de valores.

“Representamos um consórcio com investidores do UBS Group AG, JP Morgan Chase & Co., Santander Bank e Bank of America. Nossos clientes e parceiros permanecerão ocultos até a aprovação desta proposta de compra do Estaleiro Atlântico Sul S/A, localizado no município de Ipojuca/PE com parque industrial completo com área de 170 hectares. Isto inclui todos os ativos circulantes localizados na área industrial mencionada”, explica o executivo internacional, na proposta oficial de aquisição.

Caso saiam mesmo do papel, todas estas operações ajudariam Suape mais do que dobrar a capacidade de movimentação.

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