Um ano sem Marília Mendonça: lembre momentos marcantes da trajetória da Rainha da Sofrência

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Há um ano, o Brasil se despedia de Marília Mendonça. Incrédulos, brasileiros de norte a sul do país choraram não só pela perda da maior artista feminina do sertanejo desta geração. Mas também lamentavam a ida precoce de uma jovem que deixou, aos 26 anos, um filho ainda criança, uma família de quem era o alicerce financeiro e muitos sonhos de quem parecia que não tinha noção de tão longe já tinha chegado – mas sabia que ia além.

Passados 365 dias, fãs lutam para tornar realidade os decretos reais de uma rainha, enquanto órgãos e técnicos buscam explicações para o acidente aéreo que a vitimou. Se de um lado, os admiradores mantêm Marília como expoente no mercado da música brasileira – ela foi a artista mais ouvida do Spotify Brasil no primeiro semestre de 2022. Do outro, autoridades ainda não chegaram ao motivo da queda da aeronave na cidade de Caratinga, a 297 km de Belo Horizonte.

Segundo a apuração coordenada pela Polícia Civil de Minas Gerais pode-se afirmar que o avião bateu contra um para-raio da Cemig (Companhia Energética de Minas Gerais) antes de cair. Um ano depois, as autoridades aguardam laudos técnicos do Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos) para entender se existiu alguma falha mecânica e, só assim, apontar se houve erro na condução do piloto.

Outros fatos relevantes já foram levantados pelo órgão e ajudam, inicialmente, a entender o que aconteceu: as condições meteorológicas eram favoráveis no momento do pouso e nenhuma intercorrência obstruiu a visão do piloto; ele não teve um mal súbito ou estava sob efeitos de drogas. O profissional estava a cerca de um minuto de pousar e abaixo da altura padrão do terminal.

Questionado sobre os laudos técnicos da aeronave, o Cenipa informou que a apuração inicial foi finalizada ainda na primeira semana após o acidente e que a investigação segue em andamento.

Avião caiu em uma cachoeira do interior de Minas (Reprodução/Record TV Minas)Avião caiu em uma cachoeira do interior de Minas REPRODUÇÃO/RECORD TV MINAS
Agora, os técnicos da instituição da Força Aérea Brasileira trabalham na análise de elementos referentes ao trajeto do avião, ao sítio aeroportuário, ao operador, às informações aeronáuticas e à regulamentação associada às operações de táxi-aéreo. Ainda de acordo com o comunicado do Cenipa, a “investigação está em fase final e terá o menor prazo possível para a conclusão”.

Já a Cemig (Companhia Energética de Minas Gerais) voltou a reforçar que a linha de distribuição atingida pelo bimotor está fora da área de proteção do Aeródromo de Caratinga. Sobre o questionamento da torre não ter esferas na cor laranja para a sinalização do local, a instituição informou que, nesse caso, ela não é exigida.

A companhia disse ainda que o circuito de energia está operando normalmente e que “nunca houve qualquer solicitação de alteração ou ajuste da estrutura à Cemig, assim como não há qualquer previsão nesse sentido”.

O acidente
Era uma tarde de sexta-feira. 5 de novembro de um ano que quase não teve shows por causa da pandemia de Covid-19. Horas antes, Marília Mendonça foi tomar a segunda dose da vacina contra a doença, afinal, foi o imunizante que garantiu a retomada do entretenimento no Brasil. Dali, a cantora seguiria para o município mineiro, local onde se apresentaria pela segunda vez. Mas não deu tempo.

O look escolhido para embarcar no bimotor era um conjunto xadrez, preto e branco, com traços coloridos. Mais tarde, a roupa ajudaria a identificar que era Marília que estava dentro daquele avião destruído em uma cachoeira. Antes de decolar, ela gravou um vídeo fazendo um contraponto entre as delícias de Minas Gerais e a sua dieta. Esses dois itens escancaram algumas das preocupações que Marília fazia questão de investir nos últimos anos: a mudança para o estilo “patroa” e valorização da autoestima através de hábitos mais saudáveis.

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