Uso excessivo de celular pode afetar desenvolvimento motor, social e saúde mental das crianças

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O uso em excesso de celulares, tablets e computadores por crianças, sobretudo as menores de seis anos, pode afetar o desenvolvimento motor, social e até mesmo a saúde mental dos pequenos, impactando, a longo prazo, na vida adulta. O alerta foi feito pelos pediatras Alexandrina Lopes e Constantino Cartaxo, no terceiro episódio do videocast “Sem Contraindicação”. Produzido pela Unimed João Pessoa, o programa foi publicado nesta quinta-feira (17).

Pesquisas realizadas nos Estados Unidos e na Europa apontam que crianças menores de dois anos não deveriam utilizar celulares, tablets, computadores ou outros dispositivos móveis com tela. A pediatra Alexandrina Lopes defende que, caso as crianças já tenham contato com esses aparelhos, que os pais limitem o tempo de exposição. “De dois até cinco anos, no máximo, uma hora por dia. Depois dos seis anos, no máximo, duas horas”, orienta.

A pediatra acrescentou ainda que é preciso considerar que a criança, nessa fase, está desenvolvendo várias funcionalidades psicomotoras e de convivência social. “Quando a criança [ou o adolescente] fica restrita às telas e não interage, ela perde o desenvolvimento cognitivo e perde até funções motoras, muitas vezes. O uso é importante, mas desde que seja feito de forma racional, inteligente”, acrescentou a médica, que é gestora clínica do Hospital Pediátrico da Unimed JP.

A recomendação desses limites e orientações sobre o uso de dispositivos móveis – e até mesmo acesso à internet – deve ser feita desde os primeiros anos de vida, sobretudo para que a criança consiga desenvolver as funções motoras, cognitivas e aprendizagem, como experimentar brinquedos mecânicos e interações ao ar livre. “Se não tivermos a noção de que a criança precisa se desenvolver ‘fazendo’, nós vamos estar criando pessoas cuja inteligência é artificial”, alertou Constantino Cartaxo, que é superintendente de recursos próprios pediátricos da Unimed João Pessoa.

As consequências vão longe e isso também podem criar problemas no futuro, como a dificuldade em lidar com expectativas não atendidas. “A criança é curiosa por natureza. Quando você cria uma criança desde pequena na tecnologia [como o celular por exemplo e não limita isso dela], ela não aprendeu a se frustrar, porque não teve regra”, explica o pediatra.

Fonte: paraiba.com.br

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